Foto: Serra d' Opa
homenagem modesta à
«Gazeta do Sabugal» (1926/28),
criada pelo casteleirense e ocelense
Dr. Joaquim Mendes Guerra.
As Beiras vistas do alto da Serra d' Opa!
sábado, 21 de dezembro de 2013
Historietas das nossas aldeias (2)
Que nem um Abade
Por: José Carlos Mendes
Vou então avançar com a primeira historieta da minha aldeia. Primeiro, o cenário. Quando ouvi este conto da primeira vez, era pequeno e o local era a beira da estrada mas por baixo do terraço da casa do contador mais exímio e com mais piada que conheci: a casa onde nasceu a Talinha (Natália Figueiredo Galego). Eu, miúdo, era todo olhos e ouvidos. O Sr. José Carlos Mendes Figueiredo era uma figura. E contava como um artista. Um dia explicarei tudo. Era Verão. Aquele espaço (e mais tarde a «esplanada» da casa da minha mãe) era um cenário de convívio permanente à noite. O Sr. José Carlos (estou a ouví-lo neste momento) contava que um dia numa viagem de comboio de Caria para Castelo Branco, um homem entrou num compartimento ou numa carruagem, já não me lembro e, daí a pouco, puxa da merenda e vai de comer. Mas comer muito. Cada vez comia mais. O padre que ia ao pé olhava, olhava… No fim do farto repasto, o homem solta esta: «Comi que nem um abade». E o padre, lá do sítio onde estava: «Que nem um abade, não. Abade sou eu e não como assim. Você comeu que nem uma besta!». O Sr. José Carlos ainda não tinha acabado a frase e já era gargalhada geral. Mais tarde, soube que esta é uma das origens do teatro de revista: o convívio alegre de vizinhos. Ali, era igual. Só faltavam as palmas...
In «Descendentes» / Facebook
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